Salar de Jujuy
No norte da Argentina ficam as províncias (como se fossem os estados, no Brasil) de Salar e Jujuy. Entre essas províncias está uma formação chamada de Salar, o Salar de Jujuy, ou também conhecido como Salinas Grandes.
O Salar foi formado a partir da emersão da Cadeia Andina. A Cordilheira dos Andes possui uma influência imensa na formação desse Salar (deserto de sal). O deserto foi formado porque, quando a cadeia emergiu, formaram-se áreas de depreções, como vales e ravinas. Essas áreas receberam águas formando lagoas. Estas, com o tempo, ressecaram, pois perderam o fluxo, formando assim as salinas. Em auxílio à isto, o constante transporte de cinzas vulcânicas para a área também fez parte da formação desses desertos que hoje faz parte do Salar de Jujuy, uma área muito linda, com paisagens exóticas e pouco exploradas da Argentina.
Quando pensamos no país vizinho, de nossos Hermanos, logo pensamos em Ushuaia, em Buenos Aires ou na Patagônia. Que estão mais ao sul do país. Entretanto a área do norte também possui atrações que encantam aos turistas, mas que são pouco conhecidas e famosas. Salar e Jujuy possuem acomodações e atrações turísticas muito acessíveis e interessantes. Vale a pena conhecer.
Como Chegar
A melhor forma de chegar às Salinas Grandes é a partir de Purmamarca. Nesta província você pode alugar um carro e partir, ou então contratar um táxi/remise para te levar. De ônibus também dá para chegar, mas você não descerá no destino final, mas sim no meio do caminho – converse com o motorista e peça ajuda, você irá descer entre as províncias de Purmamarca e Susques. Verifique todos os horários disponíveis e se planeje.
Dicas
Na região não há muita infraestrutura turística. Por isso não há muitos restaurantes ou locais para alimentação. Planeje-se e leve sua comida e bebida quando for passear e visitar as paisagens.
Nos caminhos há alguns banheiros químicos pagos (por peso) e também alguns comerciantes de artesanatos. Fora isto você não encontrará lojas e estabelecimentos comerciais. No máximo algum vendedor ambulante de lanches rápidos e prontos nas estradas.
À medida que você percorre as estradas da cordilheira, a falta de ar aparece. Isso é comum e não é confortável, além de perigoso. Os caminhos são muito tortuosos, com subidas. Leve bastante água, sempre.
Não importa qual é a época do ano que você vai para as Salinas Grandes, leve roupas térmicas e corta vento. O frio é presente e como é uma área gigantesca e aberta, os ventos são fortes e gelados. De dia as temperaturas são bem altas e a noite, assim como em qualquer deserto, caem drasticamente. Além das roupas, proteja-se com muita hidratação, óculos de sol e protetor solar.
Passeando pelas Salinas Grandes
O passeio já começa no carro, indo para as Salinas Grandes. A estrada em si já é um espetáculo paisagístico e você não fica em tédio ou ansioso. Na estrada é possível ainda parar para visualizar as paisagens, podendo avistar animais como as Lhamas e as Vicunhas.
Nas Salinas, estar em um infinito de solo branco e limpo, com pontos pretos que são das cinzas vulcânicas, é de tirar o fôlego. Você perde totalmente a noção de espaço, e isso assusta e encante. Pontos que parecem muito distantes estão perto demais e o contrário também ocorre – isso é descrito por muitos que visitaram o local.
Lá é possível também ver as famosas janelas feitas para a retirada de sal, que são como piscinas quadradas com água cristalina. Além disso há os Ojos del Salar, as piscinas naturais com águas turquesas que ficam no meio do deserto branco. Não há mais o que falar. A paisagem é tão distinta de tudo o que você já viu e tão preservada e limpa e vazia, que vai com certeza ser um dos passeios mais incríveis que você irá fazer.
