Argentina
A República da Argentina, como é oficialmente chamado a nossa vizinha Argentina, é um país que faz fronteira aqui na América do Sul com o Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai. É uma das maiores economias da América do Sul e apesar da crise dos últimos anos, que abateu o país fortemente, em geral ainda oferece uma boa qualidade de vida aos seus habitantes, apesar do alto índice de desemprego no em seus territórios atualmente.
É um país de extrema beleza que vão de norte a sul, inclusive é um país com paisagens completamente distintas, assim como também padrões climáticos e geológicos muito diferentes, isso devido a sua grande extensão de terra no sentido vertical. Os cenários vão desde geleiras no extremo sul, como na Patagônia e na Terra do Fogo, às suas regiões agrestes enfeitadas com muitos cactos e paisagens desérticas localizadas no extremo Norte.
Possui o ponto continental meridional mais famoso do mundo, conhecida como o fim do mundo é a cidade de Ushuaia. Apesar de não ser de fato o ponto mais extremo dos continentes terrestres perdendo por pouco para uma pequena cidade do Chile, é de fato um local de paisagens extremas, muito encantador, muito frio e que está a pouco mais de 1000 quilômetros da Antártida.
A Argentina tem no seu território parte das Cordilheiras dos Andes, a segunda maior cadeia de montanhas do planeta, perdendo apenas para o gigantesco complexo do Himalaia. O país além de todos esses seus atrativos naturais, ainda conta com alguns dos melhores vinhos da América do Sul, seus vinhedos são uma grande atração turística a parte e somente na província de Mendoza há centenas de exemplares, a Argentina faz parte da rota do vinho mundial, ficando no mundo atrás apenas dos grandes França, Espanha, Itália e Estados Unidos.
A moeda oficial do país é o peso Argentino, que equivale a aproximadamente 0,080 reais a cada 1 peso argentino. Atualmente essa moeda está completamente desvalorizada em relação à grande parte das moedas do mundo, com o nosso real não seria diferente, apesar do real também estar em baixa nos últimos tempos.
Como o câmbio é variável, o valor também é e possui grande influência devido à fatores como a economia, as decisões governamentais, o clima de tranquilidade de sua população, a confiabilidade de investidores estrangeiros no país, entre outros. Sua capital administrativa é Buenos Aires que está localizada em uma região considerada mais central no país.
Jujuy
Jujuy é uma província mais ao norte da Argentina, está a aproximadamente 1500 quilômetros de Buenos Aires, o que nos faz perceber que existem outras capitais de países vizinhos que estão mais próximas do local do que a própria capital do país. Essa província faz fronteira com a Bolívia e está bem perto do Paraguai e Chile.
Assim logo pensamos, pois então se meu destino principal é Jujuy vou pegar um avião até um país vizinho e depois seguir viagem para lá certo? Nem tanto, muitas vezes as condições das estradas de fronteira não são das melhores, são nas beiras dos precipícios, sua estrutura já um pouco comprometida, o que exige que você dirija mais devagar e assim demore mais para chegar no seu destino do se seguisse por uma das autoestradas argentinas que apresentam boas condições estruturais. Por isso sempre consulte, pesquise e se informe sobre a rota que pretende fazer.
A capital da província se chama Salta e está a mais ou menos 150 quilômetros da cidade de Jujuy que dá nome a região. Neste local encontra-se uma Argentina bem diferente do clichê sulino de muita neve e frio, pistas de esqui, diversas camadas de roupa e geleiras. É uma região árida, com características de deserto, muito quente, sua paisagem é composta de muitos cactos, aldeias e povos que mantem suas culturas centenárias e tradições.
Na região há diversos atrativos turísticos que podem ser visitados como a Quebrada de Humahuaca, as montanhas de Purmamarca, as famosas montanhas coloridas que estão inseridas no território de Humahuaca, as salinas argentinas que em nada perdem às salinas chilenas, são tão maravilhosas quanto, e além de tudo, ainda podem ser aproveitadas as épocas festas típicas da região, que são muitas em enorme variedade de comemorações.
Quebrada de Humahuaca
Quebrada de Humahuaca é uma região inserida no território de Jujuy, onde há vários vilarejos históricos, antiguíssimos, com uma imensa carga cultural e também com um povo que segue costumes milenares, cuja história tem tradições que antecedem até mesmo os povos incas, conhecidos como uma das antigas civilizações da terra.
Além de beleza natural, por qual a região é tão reconhecida, em todo o seu território, as pessoas e as construções são uma aula de história a céu aberto, que passam aos visitantes uma sensação única e inconfundível, de estar em um lugar com por já se passaram tantos povos importantes e que sediou tantos grandes eventos.
Ao contrário das outras regiões argentinas essa paisagem é árida pelo ano todo, suas características naturais são conclusivamente áridas, é possível observando olhando para suas montanhas, para seu solo, para seus povoados, para sua fauna e sua flora.
Seus rios permanecem a maior parte do tempo secos, com alguns poucos períodos de água abundante, esses períodos acontecem na época em que a chuva chega e que então chega muito forte. Além disso, as formas que se vê pela região são totalmente incomuns, algumas paisagens locais não se encontram em nenhum outro canto do país, quase em nenhum canto do planeta, não como é visto no local.
É um vale pertencente à região dos andes e que foi fortemente influenciado pelos costumes dos povos andinos, portanto pode-se dizer que é um vale andino e possui quase 200 quilômetros de extensão territorial. Por estar aos pés da Cordilheira dos Andes é possível concluir que apresenta altitudes altamente elevadas, assim como realmente é, pois, a região está localizada a cerca de 2000 metros de altitude com picos bem mais altos que esse nível médio, essa é uma das maiores elevações da América do Sul.
Cores
As montanhas coloridas da região, que são tão famosas, variam em tonalidades que vão do bege até o vermelho e rosa, passando por toda uma cartela de cores. Elas surgiram a partir de interações químicas e geológicas que foram sendo realizadas ao longo de milhões de anos.
Alguns pesquisadores dizem que há vestígios de partículas da água dos rios e inclusive dos mares pelo local, o que indicaria que um dia na história do planeta o mar pode ter passado por ali. Alguns dizem também que foi o movimento das placas tectônicas que elevou as colinas que hoje vemos, tão altas e distintas, esse processo teria acontecido através da elevação dos sedimentos que por milhões de ano, isso sob a influência de processos naturais transformaram-se na montanha que observamos atualmente.
Um outro ponto sobre as montanhas e seus padrões de cores, é que elas provavelmente são resultantes da oxidação das partículas em um trabalho conjunto com a erosão local e ainda a transformação dos minerais que ocorrem naquele solo ao longo de grandes períodos de tempo. Existe ainda uma linha de cientistas, que acredita que as cores que se vê por ali são resultados de incontáveis anos de derretimentos de geleiras e com o derretimento aconteceu a liberação de diversos químicos que ficavam nelas armazenados, com essa liberação esses elementos começaram certas interações com o solo, o que por fim teria resultado nas cores que observamos hoje.
Cada cor está atribuída à uma reação e a um mineral especifico.
- Rosa: Esta cor advém da mistura entre argila vermelha, lama comum e areia.
- Branco: Esta cor ocorre devido ao arenito, uma areia de quartzo e ao calcário trabalhando em conjunto.
- Roxo: É obtido pela reação e mistura da argila e carbonato de cálcio, além dos silicatos.
- Vermelho: É resultado de reações de argilitos e argilas.
- Verde: É obtido pela ocorrência de minerais ferromagnesianos.com o óxido de cobre.
- Mostarda ou tons amarelados: É o trabalho em conjunto de arenitos calcários que são ricos em minerais sulfurosos, além do limonite.
Arquitetura
A arquitetura regional é bem característica dos povos andinos, com algumas especificidades, tal como a influência espanhola devido à colonização intensa dos espanhóis na região. Portanto no local é possível observar dois padrões arquitetônicos, o que antecede a colonização espanhola e o pós colonização europeia. Quem ganha com isso somos nós que temos a oportunidade de ver construções únicas e estilos que não são vistos em nenhum lugar do mundo, exatamente pelo conjunto de todas essas influencias pelo qual passou toda a província.
Enquanto as construções dos povos da região, destacavam-se pela camuflagem, uma procura de estar em concordância com os elementos do ambiente e integradas à natureza, com cores e formatos que se ajustavam com as formas dos entornos. As construções em estilo espanhol, são em tons mais claros, geralmente o telhado possui formas mais distintas, tudo isso contribui para que sejam avistadas a uma certa distância, devido a sua diferença e contraste com a natureza local.
San Salvador De Jujuy
É uma das cidades mais importantes da província, sendo rota de chegada para muitos turistas, de onde parte a maioria dos ônibus e excursões dos roteiros turísticos. Essa cidade deu nome à toda a província e apesar de ser importante não é uma cidade grande, está mais para um povoado, no entanto, um povoado charmoso.
Tilcara
Tilcara está localizada à 20 quilômetros de Purmamarca, e por sua vez está a 85 quilômetros de Jujuy. Essa cidade seria como uma espécie de capital da Quebrada de Humahuaca, pois é o local que oferece mais opções aos turistas, de estrutura para recepção, hospedagem e alimentação, é o local de acomodação e acolhimento da chegada, é posto para aqueles que querem conhecer a Quebrada.
Ao ser comparada com uma capital, em nada tem a ver com a nossa visão de capital, como cidades grandes tais quais Belo Horizonte, Curitiba ou Rio de Janeiro, capital é um modo de falar, pois é uma cidade base em um ponto estratégico. Não possui grandes construções verticais, muito menos prédios de vários andares, a cidade e seu povo é muito simples e ainda mantém muitas das suas construções originais na mesma forma de centenas e até milhares de anos atrás, tudo isso é visto em um povoado com casinhas claras de adobe.
O principal atrativo turístico da cidade chama-se Pulcará de Tilcara, que são as ruínas de um povoado antigo que foi construída em cima de uma colina, de uma alta colina, portanto para visita-lo esteja em roupas confortáveis, bem alimentado, tenha água e um bom preparo físico, mas principalmente psicológico.
Esse antigo povoado, o qual hoje é possível observar algumas partes e ruínas, foi construído pelo original povo Tilcara, um povo que habitou a região antes da chegada dos colonizadores europeus. Atualmente esse povoado foi restaurado e os turistas podem visitá-lo e ver como era, quando era uma vila habitada pelos nativos, isso antes da chegada espanhola é claro. Você pode ir até lá de carro, táxi ou andando, neste caso mais uma dica é usar sapatos que não escorreguem, por causa das inúmeras pedrinhas altamente escorregadias no chão.
Ainda em Pulcará de Tilcara é possível observar um Jardim botânico a especialidade antes de mais nada, são os mais diversos tipos de cactos, que é a planta mais típica da região, vale muito a pena a visita, é um local bem preservado, muito bonito, bom para descansar e relaxar um pouquinho, onde se conhece um pouco mais sobre a flora local. O nome completo é Jardim Botânico de Altura.
Há também um museu na cidade que é um dos mais completos da Argentina e da América do Sul na área arqueológica, atrai cientistas de todo o mundo, a região e também o museu, lá é possível ver objetos das culturas pré-colombianas e conhecer um pouco mais de perto a sua história, assim como a história do povo nativo de Tilcara.
Você pode escolher visitar a Garganta del Diablo, que é uma queda d’água com impressionantes 14 metros de altura, é um local muito bonito, apesar da quantidade de água ser reduzida nas épocas de maior seca.
Essa cachoeira fica muito próxima à vila, cerca de 8 quilômetros apenas, se estiver com disposição é tranquilo fazer o trajeto a pé, pois apesar de 8 km ser uma caminhada considerável, ele não apresenta lugares muito perigosos ou que exigem alto nível de esforço físico, mas sempre leve em conta seu conforto em primeiro lugar, nunca vá de chinelo, esteja com sapatos e roupas adequadas, não esqueça o protetor solar e o boné ou chapéu.
Fazer o trajeto até Garganta del Diablo a pé muitas vezes é mais indicado do que de carro, alugado ou particular, pois a estrada é perigosa, fica próxima a precipícios e não dispõe de nenhuma proteção aos motoristas, por esse motivo quem não conhece ou está familiarizado com o caminho pode entrar em situações de perigo desnecessárias.
História Regional
Há indícios de ocupação humana na região há mais de mil anos atrás, aliás muito mais do que isso. Mais especificamente por volta de 11000 mil anos já se acredita que esses vales eram habitados por caçadores, que não mantinham residência permanente, mas vira e mexe estavam pela região, além disso por ali passavam muitos nômades e isso só aumenta ainda mais a sua carga cultural e a importância histórica.
A ocupação Inca na região está datada desde aproximado de 9000 A. C. até o fim do século XV, quando foram atacados e brutalmente mortos pelos colonizadores espanhóis. Infelizmente após tantos ataques, saques, atentados esses povos desapareceram, pois foram completamente apagados, o único consolo que podemos ter atualmente, é que pelo menos parte de seu legado e cultura, tenha sido salva e permanece até hoje. Com fragmentos de sua cultura atualmente podemos projetar como viveram esses povos, como trabalhavam, como interagiam em sociedade, etc.
A ocupação humana na região, muito parecida à ocupação que conhecemos hoje, já que ao longo dos séculos as vilas não sofreram mudanças significativas, passou a tomar forma por causa do escoamento de ouro e pedras preciosas que necessariamente passavam por ali, porque seguiam caminho pela antiga Rota Real, com destino à capital Buenos Aires, quando eram encaminhadas ao porto, assim a riqueza americana seguia rumo à Europa, no caso especifico dessas riquezas o principal e quase único destino era a Espanha.
No passado em todas essas estradas de escoamento de riquezas, em algum momento era necessário que as pessoas parassem e assentassem um acampamento, para comer, descansar, dormir, resolver pequenos problemas, etc. Dessa forma teve início a existência de algumas vilas ou houveram expansões dos vilarejos existentes, muitos que ainda sobrevivem até hoje, com os mesmos padrões centenários.
A estrada foi ativa, principalmente na época da Argentina como colônia espanhola, no entanto no século XIX houve a guerra civil pela independência, quando por fim a Argentina tornou-se um país livre, as antigas rotas foram abandonadas, assim como seus vilarejos foram sendo esquecidos e deixados de lado, o resultado foi uma região empobrecida e que até hoje é uma das mais pobres da Argentina. Seu povo passa por dificuldades econômicas, vive em situações muito mais simples do que qualquer outra região do país e incrivelmente ainda não é uma rota convencional de turismo, por muito tempo foi esquecida, apesar de toda sua beleza natural.
Mesmo com todas as dificuldades, os habitantes da região vivem de maneira muito alegre, inclusive essa é uma característica de seu povo, estão sempre muito felizes, são muito amigáveis e simpáticos com todos os turistas, é um povo muitíssimo receptivo, o que faz da estádia no local, muito mais interessante, principalmente por essa grande imersão cultural e histórica.
O setor econômico é mantido principalmente pela agricultura, mas ao contrário de outras regiões do país, não é voltada para o comércio ou importação, mas se trata de uma agricultura de subsistência.
Por um longo período essa região foi injustamente esquecida, deixada de lado, permaneceu escondida e longe dos olhas da sociedade, não era anunciada como rota turística argentina, as agencias mal conheciam o local. Mas de alguns anos para cá, essa situação começou a mudar, mesmo que a passos lentos. O turismo regional foi impulsionado e o motivo foi por ter sido declarado patrimônio da humanidade pela UNESCO, no ano de 2003. Isso contribuiu para a maior visibilidade local e maior propaganda de seus atrativos naturais.
É possível observar quanto o local mudou em apenas poucos anos, não em sua essência, ou em seus costumes e construções, mas na maneira como os seus habitantes passaram a enxergar uma nova possibilidade para entrada de dinheiro, para melhorar suas condições de vida e diminuir as dificuldades locais.
Patrimônio da Humanidade
Em 2 de julho de 2003, a Quebrada de Humahuaca, onde está a cidade de Tilcara, foi declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO, que a tradução de seu nome em português significa Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.
O objetivo da UNESCO, que está associada a atual ONU é buscar a paz mundial por meio de educação, cultura e ciência. E como promover essa paz pela educação? Através do ensino e da promoção da paz e da tolerância, da valoração ao respeito das diferenças e ícones culturais que definem a identidade única de cada local e de cada povo.
Dentre os objetivos da organização UNESCO, um dos primordiais é o acesso igualitário às formas de educação, ciência e cultura, isso significa que o acesso aos patrimônios mundiais deve ser igualitário e facilitado à todas as classes, raças e diferentes especificações.
A UNESCO acredita que a está promovendo a valoração da cultura quando faz o reconhecimento de importância cultural, histórica, geográfica, etc., de um determinado local e que ao difundir o conhecimento das tantas maravilhosas diferenças que existem no mundo, está promovendo a tolerância e a compreensão às tantas diversidades de povos que habitam o planeta terra.
Igrejas
Quase todas os povoados possuem pelo menos uma igreja, primeiramente isso pode parecer estranho à povoados cujos muitos de seus habitantes antecedem à criação das religiões como as conhecemos hoje. Mas isso aconteceu por causa da intensa colonização que foi fortemente imposta pelos espanhóis, sobre os indígenas, sobre os povos locais e sobre qualquer povo que fossem diferentes a eles, pois os colonizadores não aceitavam as tradições religiosas dos nativos e assim, em todas as vilas ergueram pelo menos uma igreja católica, que permanecem até hoje, assim como ainda permanecem muitas tradições religiosas alternativas centenárias dos nativos.
Estrutura Para O Turismo
Desde que se tornou um patrimônio mundial a estrutura para receber os turistas vem aumentando e existem opções para todos os tipos de bolsos. Há inúmeras opções de hospedagens mais simples, visto que o povo que nos recebe é um povo simples, mas tem acomodações que apresentam um certo nível de luxo, para você que não abre mão do máximo conforto.
Cada vez mais aparecem opções relacionadas à alimentação, como restaurantes variados com gastronomia requintada e também opções andinas. Há diversos onde você come muito bem por preços amenos.
Atualmente estão disponíveis agências de viagens que organizam passeios e auxiliam o turista que chega à região, tal como tour cultural, tour histórico e claro visitas guiadas às maravilhas naturais.
Roupas
Apesar do sol escaldante grande parte do ano, na região faz muito frio, não se esqueça que é região de altitude elevada. Por mais que você vá em estações mais quentes se prepare porque você pode sim pegar frio. Principalmente à noite onde a temperatura costuma cair muito.
Outro item essencial é um tênis bom de caminhar ou especifico para trekking, isso vai te ajudar a andar pela região e a fazer trilhas pelas montanhas. Apesar da dica para o tempo frio não deixe de lado as roupas confortáveis, pois durante o dia pode fazer muito calor, consulte sites da região, ou procure pessoas que já estiveram por lá para que te passem mais dicas sobre o que levar. Esteja preparado para os extremos.
Umidade
O clima é muito seco, muito mesmo, em alguns períodos podem se passar meses sem chover, portanto, se prepare bem para essa condição, uma dica é levar muito hidrante corporal e labial, óculos escuros, soro fisiológico que geralmente é usado na região dos olhos e do nariz para aliviar os sintomas da seca.
Nunca desgrude da sua garrafinha de água, pois você pode sofrer insolação e desidratação, além disso isso te ajuda a evitar o tão indesejado mal de altitude, afinal tenho certeza que não quer perder dias de viagem em um hospital não é mesmo?
Muitas pessoas mascam a tradicional folha de coca para diminuir os sintomas do mal de altitude, pois dizem que a erva contribui para a respiração quando você está exposto ao ar rarefeito. Essa erva é muito comum nas regiões andinas, pura ou em chás.
Como Chegar
Você pode pegar um avião partindo de Buenos Aires que vai até o aeroporto da cidade de Jujuy ou da cidade de Salta. A partir de Jujuy há diversos meios de transporte para chegar ao seu local de interesse. Os principais são o ônibus e o carro alugado pois as estradas são boas, as viagens variam cerca de 1 a 3 horas, o que vai depender é para onde você está indo. De Jujuy até Tilcara é 2 horas de viagem aproximadamente.
Se seu avião parar em Salta, os trajetos são os mesmos, mas como Jujuy e Salta estão a 2 horas de distância, considere que suas viagens durarão 2 horas a mais. Segue mais uma dica, se possível sente do lado direito do veículo condutor, pois deste lado as vistas são ainda mais espetaculares.
Se você alugar um carro, você gastará menos tempo se locomovendo e não corre o risco de ficar preso em rodoviárias esperando o próximo ônibus. Além disso, há muitas paisagens que vale a pena ver de perto ao longo do caminho e de carro você pode parar e apreciar. Você faz sua própria rota e ainda pode fugir dos horários de pico de excursões de turismo nos pontos mais visitados, mas não se esquece de consultar onde estão os postos de gasolina, pois podem se passar muitos quilômetros sem que apareça sequer um.
Fronteiras
Na região muito facilmente você cruza a fronteira com o Chile e com a Bolívia, tem inclusive linhas de ônibus que fazem essa rota ou você também pode ir de carro, mas certifique-se de está tudo certo com os documentos do veículo e os seus documentos, pois é necessário ter a carteira de habilitação internacional para isso, principalmente no Chile.
Fique atento quanto ao posto de fronteira quanto ao Chile, o posto que controla a passagem entre os países tem hora para fechar, o que pode depender também das condições meteorológicas.
Chegando Por Países Vizinhos
Pesquise muito bem antes de viajar à região da quebrada pois as distâncias podem enganar, já que grandes cidades da Bolívia e Chile estão mais próximas à região do que a própria capital argentina, mas em muitos casos as estradas argentinas são muito melhores possibilitando locomoção mais rápida, além disso de Buenos Aires tem muitos voos diretos para a região.
Quanto Custa
A viagem pode ter o orçamento que você deseja, pode ser que gaste mais com o deslocamento até o destino final do que com os custos diários, afinal você vai se hospedar em vilarejos, onde as possibilidades simples são muitas. Além disso, a moeda é o peso argentino que atualmente vale bem menos que o real, então muitas coisas não sairão tão caras assim. Saiba sempre as cotações e cuidado com os gastos em cartões de crédito, que podem ter taxas altíssimas.
Independentemente do que você procura em sua viagem, há uma grande chance de encontrar por aqui, se espera beleza natural, encontrará sem sombra de dúvidas. Se espera história também. O seu povo de raízes andinas é muito acolhedor e tradicional. É um passeio que vale e que ainda está fora da rota óbvia de turismo, proporcionando preços mais baixos, além de uma menor aglomeração de pessoas.
Enquanto estiver lá, aconselho realmente se deixar viver e conhecer a cultura e as raízes locais, é uma oportunidade única, desconecta e viva a experiência que o local pode te proporcional, você pode se surpreender com o que vai descobrir por lá.