Edificio Joelma – O Incêndio que Mudou a Lei

O Edifício Joelma é o famoso arranha-céus de 25 andares localizada em São Paulo, situado com imponência no número 225 da Avenida 9 de Julho, coração da capital. É uma das maiores tragédias já ocorridas no Brasil.

O Equívoco Crucial

Edificio Joelma – O Incêndio que Mudou a Lei

Edificio Joelma – O Incêndio que Mudou a Lei

A grande torre de fogo na qual o Edifício Joelma viera a se transformar foi uma junção de muitos fatores, que mudaram o modo de pensar das pessoas, desde os legisladores até os construtores, pois a edificação fora construída nos moldes mais modernos do concreto armado, sólido e perfeitamente resistente contra o fogo, mas completamente vulnerável num caso de emergência como um incêndio.

O edifício era muito fraco quando se tratava da segurança e da precaução contra incêndios. Ele não tinha saídas de emergência, pouquíssimos extintores de incêndio, não havia alarmes de incêndio como não havia também sistemas de aspersores de fumaça e fogo disponíveis nos escritórios. A única saída era a escada, não deixando nenhum plano de evacuação em outras mãos. Nenhuma das precauções foram tomadas em caso de incêndio.

A Catástrofe

Foi o que aconteceu no dia primeiro de fevereiro de 1974, 50 minutos após a abertura do edifício de oito anos quando um dos condicionadores de ar presentes no décimo segundo andar ficou superaquecido e iniciou o fogo. O incêndio foi descoberto quase logo que começou e dentro de alguns minutos, o Corpo de Bombeiros de São Paulo foi chamado para ajudar, por pessoas que estavam no edifício adjacente. Os bombeiros chegaram em apenas cinco minutos, mas logo o Corpo de Bombeiros recorreu aos seus quartéis para receber mais assistência.

O Resgate

Durante o desastre ocorrido no incêndio do edifício Joelma, cerca de 300 pessoas foram resgatadas através do elevador, que não é de todo recomendável quanto à segurança contra incêndio. Cerca de 150 pessoas tentaram ir para o telhado para que eles possam ser resgatados por helicóptero, mas essa alternativa foi inviabilizada porque os helicópteros poderiam encontrar o calor intenso e a densa fumaça seriam comprovadamente nocivos e possivelmente fatais para os helicópteros. Cerca de 80 pessoas foram para o telhado do edifício e se abrigaram sob as telhas.

Outros conseguiram se salvar ao subir para fora das bordas, outros chegaram as escadas externas e nem todos foram resgatados com segurança por causa da fumaça, chamas e calor. Muitos outros não conseguiram encontrar uma maneira de escapar e apenas aguardavam os bombeiros para resgatá-los. Muitos destes pularam do prédio, tentando agarrar a escada aérea ou sustentar a queda, mas todos os 40 que tentaram deste expediente morreram no local. Após o acidente, o prédio foi fechado por quatro anos, para ser reconstruído novamente, sendo denominado de “Praça de Bandeira”, em alusão ao nome da praça em frente a ele.

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