Reserva Biológica Poço das Antas

A Reserva Biológica Poço das Antas (ReBio) é uma Unidade de conservação da biodiversidade cadastrada e criada pelo Ministério do Meio Ambiente Brasileiro. Cadastrada no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Foi a primeira da categoria a ser criada (Reserva Biológica de Proteção Integral). Pelo decreto nº 73.791, de 11 de março de 1974 / decreto nº 76.534, de 03 de novembro de 1975. Coordenação CR8 Rio de Janeiro-RJ. Fica localizada na Rodovia Br 101 Km 214. Na cidade Silva Jardim, no estado do Rio de Janeiro. O telefone para contato é o (22) 2778-1317.

A Rebio tem a função de preservar um hotspot brasileiro. Com mais de cinco mil hectares de área de mata atlântica protegida (bioma mais destruído do mundo), protege também muitas espécies endêmicas e muitas ameaçadas de extinção. Mas há um problema ambiental enfrentado pela reserva que ainda atrasa o desenvolvimento dos objetivos de preservação da flora e da fauna – são as queimadas. Os incêndios que são provenientes de áreas próximas muitas vezes não são contidos ou controlados como deveriam ser e invadem as áreas da UC, principalmente em épocas secas do ano, como fim do inverno.

A ReBio  abriga o famoso mico-leão-dourado. Que é encontrado apenas no estado do Rio de Janeiro, ou seja, se for extinta do local, a espécie nunca mais será vista e causará um enorme impacto no meio ambiente pois afetará toda uma teia alimentar e consequentemente características do ambiente. Além dessa espécie há muitas outras que são protegidas pela UC (Unidade de conservação), por isso é tão importante.

Características Da Re Bio – Relevo, Fauna E Flora

A vegetação é típica do bioma Mata Atlântica costeira, ou seja, floresta ombrófila densa de terras baixas. Com muitos extratos vegetais e dois tipos de solo, com alagamento e sem alagamento. O relevo é relativamente plano, com elevações e colinas com altitude de até duzentos e cinco metros.

Há cinco vegetações principais na ReBio: Floresta de encosta, floresta de baixada, formação pioneira com influência pluvial, capoeira e campo antrópico.

Foram registradas até o momento mais de trezentas e sessenta e cinco espécies de plantas, dentre elas, doze estão na lista de espécies ameaçadas de extinção. Recentemente foi descrita uma nova espécie no local.

A fauna da ReBio encanta a qualquer um que visita o local, seja pesquisador ou não.

Além do mico-leão-dourado, encontra-se outras espécies características do bioma que estão na lista de ameaçadas, como o macaco bugio, preguiça-de-coleira, jaguatirica, etc. Aliás, no caso do mico-leão-dourado, pela reserva, podemos comemorar, pois com uma população de mais de mil e setecentos indivíduos ele não está mais na lista de ameaçados (mas pode voltar).

A reserva protege mais de duzentas e setenta e cinco espécies de aves, dentre elas encontra-se dezoito que são endêmicas do local e estão na lista de ameaçadas. Além disso, outros animais além de mamíferos e aves estão na lista e espécies com risco mas estão protegidos no local, como a famosa borboleta de praia (primeiro inseto ameaçado de extinção). É bom lembrar que insetos, mais do que qualquer outro grupo de animais, estão diretamente ligados à polinização, então um inseto extinto com certeza causa uma cascata de problemas para o meio ambiente. Não podemos deixar de citar sobre o animal que mais intriga os visitantes, a primeira pergunta sobre esta unidade de conservação é sobre o aquele que nomeia a reserva. A anta já não existe nessa região, mas existia quando a reserva foi criada.

Ainda há uma falta de corredores naturais, ou seja, áreas verdes que fazem ligação com outros biomas e ecossistemas, por isso animais que não voam possuem dificuldades de saírem da reserva. Então a reprodução e fuga ficam limitadas e, se houver queimada em uma grande área, por exemplo, a espécie pode ser ameaçada ou até extinta. Além disso, o fluxo gênico, essencial para a natureza, fica comprometido e limitado também a área da UC, isso fragiliza as espécies, pois doenças e genes “falhos” continuam na população por muitos anos.

Proteção

Além dos graves problemas com as queimadas, um outro problema gravíssimo ainda ocorre na UC, que é a caça ilegal. Mesmo proibida na constituição federal do Brasil, a caça ainda acontece. Esse hábito ocorre, incrivelmente, por lazer, geralmente. Os animais que são geralmente prejudicados são as capivaras, as pacas e os tatus. A multa para o crime ambiental é de 500 reais por cada animal morto, isso se este não for ameaçado de extinção, pois nesse caso a penalidade é mais grave.

Capivara

Capivara

Apenas dois fiscais, além de dois analistas ambientais, fazem a vigilância do local, até por isso alguns pesquisadores consideram que falta uma equipe de proteção especializada para a reserva. É necessária a instalação de um sistema de segurança adequado. Assim, a caça, as queimadas e o desmatamento da região seriam evitados.

O ambientalista Luiz Paulo Ferraz desabafou para a ONG brasileira “O Eco”: “O Brasil é uma potência mundial em biodiversidade […]. O Rio de Janeiro é a grande vitrine do Brasil. Um incêndio na sua reserva mais simbólica não pode ser justificado pelos burocratas apenas como mais uma fatalidade causada pelo calor ou por um agricultor desavisado”.

Algumas famosas espécies que estão na lista de ameaçadas de extinção do local são:

  • Gavião-pomba – Leucopternis lacernatus

    Gavião-Pomba

    Gavião-Pomba

  • Preguiça-de-coleira – Bradypus torquatus

    Preguiça-De-Coleira

    Preguiça-De-Coleira

  • Lobo-Guará – Chrysocyon brachyurus

    Lobo-Guará

    Lobo-Guará

  • Pararu – Claravis godefrida

    Pararu

    Pararu

  • Bagrinho – Microcambeva barbata

    Bagrinho

    Bagrinho

  • Borboleta – Mimoides lysithous harrisianus

    Borboleta

    Borboleta

  • Choquinha-pequena – Myrmotherula minor

    Choquinha-Pequena

    Choquinha-Pequena

Visitação

A ReBio, assim como qualquer outra reserva ou unidade de conservação, não é destinada ao turismo e lazer de visitantes não pesquisadores. O objetivo é estritamente de preservação, educação e pesquisa sobre o bioma. Entretanto é aberto, mediante reserva, para visitação de grupos de escolas, universidades e grupos de observadores de aves.

Para visitantes, há palestras sobre educação ambiental, sobre a floresta e sobre a reserva. Também possui, com o acompanhamento de um guia, uma trilha com extensão de 1Km para que os estudantes, observadores e pesquisadores possam conhecer de perto um pouco da reserva. Na trilha deve-se seguir as regras propostas, que envolvem manter um silêncio absoluto e não retirar absolutamente nenhum fragmento vegetal (e animais, obviamente).

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Categoria(s) do artigo:
Natureza

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Comentários

  • umaaaaaaaaaaaaaaaaa bostaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa nao era oque eu queria uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

    gabriielgomess 2 de outubro de 2013 21:49

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