Gruta de Fingal Na Escócia

A Escócia é um dos países que compõe o Reino Unido, ela se localiza na parte norte da ilha da Grã-Bretanha, fazendo fronteira com a Inglaterra ao sul, e a sua outra fronteira faz fronteira com o oceano Atlântico, sendo o mar do Norte na sua fronteira leste, e mar da Irlanda a sudeste do país. O país possui a parte de terra continental, e além dela, mais 790 ilhas, entre elas as Ilhas do Norte e as Ilhas Hébridas.

A capital do país é cidade de Edimburgo, sendo ela a segunda maior de toda a Escócia. Edimburgo foi centro do Iluminismo Escocês do século XVII, que fez com que o país se tornasse uma das grandes potencias industriais, economias e intelectuais da época. A maior cidade do país é Glasgow, que já foi em outras épocas um dos maiores polos industrial do mundo. A terceira maior cidade do país é Aberdeen, que fica próxima as águas do Atlântico Norte, e contém as maiores reservas de petróleo de toda a Europa, sendo Aberdeen conhecida como a capital do petróleo do continente europeu.

O país fala o inglês como língua oficial, mas também há duas outras línguas faladas nas comunidades, o Scots, que é considerado um idioma separado, e o gaélico escocês. Uma das peças mais tradicionais do país é o kilt, que surgiu no século XVI, cada clã ou família possuía um tipo de quadriculado para seu kilt, e assim era possível identificar os seus integrantes.

Uma das maiores atrações turísticas do país é o lago Ness, muito conhecido pelo mito do Monstro do lago Ness. Muitos visitantes vão até o local na esperança de ver um animal pré-histórico de enormes proporções em suas águas, que até os dias de hoje nunca foi encontrado.

Além do lago Ness, o país possui muitos outros pontos turísticos naturais que valem a pena serem visitado, um deles é a Gruta de Fingal, que se localiza nas Hébridas. Vamos conhecer um pouco mais sobre essas ilhas e também sobre essa Gruta, tão bonita e misteriosa que chama atenção de qualquer um que deseja ir visita-la.

As Hébridas Exteriores

As Hébridas Exteriores também são chamadas de Ilhas Ocidentais, são uma Área de Conselho, e juntas formam uma das 32 subdivisões da Escócia.

Nas Ilhas Hébridas o idioma utilizado é o gaélico escocês, sendo usado formalmente e o mais comum, embora alguns locais já consigam falar o inglês fluente.

As ilhas das Outer Hebrides formam um arquipélago, que contém também algumas ilhas menores um pouco mais afastadas. As ilhas maiores do conjunto de ilhas são: Barra, South Uist, Benbecula, North Uist e Lewis and Harris.

A geografia das ilhas é em sua maioria de planícies arenosas, com terras férteis, onde vivem pequenas plantas rasteiras. Nas águas que cercam as ilhas há muitas espécies raras, como tubarão-elefante, o codornizão e a águia real. Além de espécies como lontras, golfinhos e baleias.

História das Hébridas Exteriores

Tanto as ilhas pertencentes às Hébridas Exteriores como as das Hébridas Interiores estavam sob controle do povo nórdico antes do século IX. O controle desse povo sob as ilhas foi formalizado no ano de 1098, quando o rei Edgar da Escócia passou as ilhas para Magno III da Noruega. Os escoceses das ilhas tiveram que se conformar com o novo rei, que antes do acordo já havia tomado várias ilhas e deixado elas sob o controle de noruegueses.

Em 1156 ocorreu o acordo de partilha das Hébridas, quando uma parte delas, as Outer Hebrides, passou a ficarem sob o controle do Reino de Mann e das Ilhas, e a outra parte, as Inner Hebrides, ficaram sob liderança de Somerled. Somerled levou dois anos para conseguir controle total sobre todas as ilhas que antes pertenciam ao Reino de Mann. Depois que ele morreu os governantes de Mann passou a controlar novamente as Outer Hebrides. Isso perdura até o ao de 1266, quando foi assinado o Tratado de Perth, que incluía todas as ilhas ao Reino da Escócia.

As Outer Hebrides, ou Hébridas Exteriores, possuem uma autoridade unitária desde o ano de 1975. Isso passou a ser mais comum na Escócia depois do ano de 1996, quando se formou o conselho que agora cobre toda a extensão da Escócia.

O Cristianismo é muito praticado nas ilhas, possuindo raízes profundas no local, porém, a maioria das pessoas das ilhas costumam seguir o protestantismo presbiteriano, além do catolicismo romano.

As ilhas habitadas são:

  • Lewis and Harris;
  • South Uist;
  • North Uist;
  • Benbecula;
  • Barra;
  • Scalpay;
  • Great Bernera;
  • Grimsay;
  • Berneray, North Uist;
  • Eriskay;
  • Vatersay;
  • Baleshare;
  • Grimsay, Shout East Benbecula;

Totalizando em todas essas ilhas cerca de 26300 habitantes.

As ilhas não habitadas são:

  • Barra Isles, Boreray
  • Calvay, Campay
  • Eilean Chaluim Chille, Eilean Iubhard, Eilean Kearstay, Eileanan Iasgaich, Ensay
  • Fiaray, Floday, Flodday, Floddaybeg, Flodaigh Mòr, Fuday, Fuiay
  • Gighay, Gilsay, Groay
  • Hellisay, Hermetray
  • Killegray, Kirkibost
  • Lingay, Little Bernera
  • Mealasta Island, Mingulay
  • Opsay, Oronsay, Orosay
  • Pabbay near Harris, Pabbay Mòr
  • Ronay
  • Seaforth Island, Scaravay, Scarp, Scotasay, Shiant Islands, Shillay, Soay Beag, Soay Mòr, Stockinish Island, Stromay, Stuley, Sursay
  • Tahay, Taransay
  • Vacsay, Vallay, Vuia Beag, Vuia Mòr
  • Wiay

Além dessas, existem ainda ilhas pequenas, que estão afastadas do arquipélago principal, sendo elas: Monach Islands, Glannan Isles, St Kilda e Rockall, a oeste do arquipélago. Há próximo de St Kilda e Rockall um grande vulcão, que se encontra submerso, chamado Anton Dohrn Seamount.

Ao note do arquipélago estão às ilhas North Rona e Sula Sgeir, que nem sempre são incluídas como parte das Hébridas, mas são parte da administração dessas.

O arquipélago de ilhas conta com um serviço de balsa, para levar a população até a parte continental do país. Há também balsas que operam de maneira interna entre as ilhas.

As Hébridas Interiores

As Hébridas interiores também são chamadas de Ilhas Orientais, e ficam a sudeste das Hébridas Exteriores. Elas possuem uma divisão de suas ilhas, sendo as ilhas do Norte e as Ilhas do Sul.

História das Hébridas Interiores

Os primeiros povos que viveram nas Ilhas Hébridas Interiores foram os povos nórdicos, que chegaram ao local por volta do século IX a.C. Assim como nas Hébridas Interiores, elas passaram a ser oficialmente de controle nórdico no ano de 1098. As ilhas se mantiveram em um estado de guerra até o ano de 1156, quando dividiram as Ilhas Ocidentais, e então o governo das Ilhas Interiores passou a ser de Somerlend, o politico escocês. Após a sua morte o governo passou a ser escocês.

Divisão das Ilhas

As ilhas Hébridas Interiores do Norte são formadas pela ilha de Skye, sendo essa a maior, todos os ilhéus que a rodeam, e também as Ilhas Pequenas, sendo essas:

  • Ilhas Ascrib;
  • Ilhas Crowlin;
  • Isay;
  • Longay;
  • Ornsay;
  • Raasay;
  • Pabay;
  • Scalpay, Soay, South Rona;

As Ilhas Hébridas Interiores do Sul são a junção das ilhas: Mull, Ilhas Treshnish, Ilhas Slate, Jura, Ilhay, e também os ilhéus que se encontram ao redor da ilha de Mull. As ilhas menores são:

  • Ilha Calve, Cara, Carna, ilha Coll, Colonsay;
  • Eileach an Naoimh, Eilean Dubh Mór;
  • Eilean Macaskin, Eilean Righ, Eorsa, Erraid;
  • Garbh Eileach, Gigha, Gometra, Gunna, Shuna;
  • Iona, Inch Kenneth;
  • Kerrera;
  • Lismore, Little Colonsay, Luing, Lunga;
  • OOronsay;
  • Scarba, Seil, Shuna, Staffa;
  • Texa, Tiree;

E é numa dessas ilhas Hébridas Interiores, mais precisamente na Ilha desabitada de Staffa, que é possível conhecera grande maravilha que é a Gruta de Fingal.

A Gruta de Fingal

A ilha de Staffa é uma gigante plataforma de pedra, que é sustentada somente por colunas naturais feiras de basalto. A Gruta já impressiona qualquer um que a vê, isso pelo seu formato extremamente simétrico, que até parece algo sobrenatural.

Artistas como os integrantes do Pink Floyd, JMW Turnes, Felix Mendelssohon e a Rainha Victoria já se impressionariam com o local, que realmente parece que saiu de algum sonho.

A caverna parece mais uma obra prima, que foi desenha por um especialista para ser exposta. Ela é feita a partir de diversas colunas de basalto, cada uma com juntas no formato hexagonal, que lembram até mesmo soldados. A entrada é uma abertura enorme, com uma parte sendo sempre molhada pelo mar.

Muitas pessoas que já foram até o local não conseguem entender como ele não foi todo arquitetado pelo homem, afinal, há uma perfeição que parece impossível de ter surgido do nada, sem planejamento algum.

O local possui uma acústica ótima, toda natural, pois o seu telhado é arqueado, o que ajuda na propagação do som. O movimento das ondas que se encontram na abertura criam ótimas melodias, que já chegaram a serem comparadas com o som de sinos de uma catedral. Por isso, a gruta de Fingal é muitas vezes chamada de “caverna melodiosa”.

Felix Mendelssohn (sim, o da marcha nupcial), esteve por muito tempo obcecado pela caverna de Fingal, que compôs a The Outer Hebrides, op. 26 , ou Abertura da caverna de Fingal, em homenagem ao local.

Após Mendelssohn, a caverna passou a ser um ímã para artistas, tanto cantores como escritores, poetas e mais. O artista JMW Turner se inspirou nas visitas ao local para criar, assim como os poetas Alfred Lord Tennyson, William Wordsworth e John Keats, o autor Jules Verne e o prolífico escritor escocês Sir Walter Scott.

O nome da caverna está ligado ao folclore do país, e também da Irlanda. Está relacionada a um gigante pertencente às lendas escocesas e irlandesas, que era chamado Fin mac Cumhail, ou Fingal.

Se você pretende visitar a Escócia em um futuro próximo, coloque na sua lista de deseja um dia para conhecer a Gruta de Fingal. Ver os grandes pilares em perfeita formação é algo incrível.

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Categoria(s) do artigo:
Europa

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