Informações Gerais
O município de Mendoza, localizada na Argentina, atrai turistas do mundo todo. É uma das cidades mais visitadas de todo o país, por sua natureza exuberante e suas condições climáticas. Além disso, é a capital da província homônima, lembre-se que província seria o equivalente ao que chamamos de estado.
Está localizada mais ao Norte do país, próximo à Cordilheira dos Andes, especificamente na latitude 32° 53′ 0″ S e longitude 68° 49′ 0″ W.
Argentina
A República da Argentina, como é conhecida de maneira oficial, a querida terra dos Hermanos, tem como moeda o Peso Argentino, e cada um Peso Argentino equivale nesta data em agosto de 2019 a 0,087 reais brasileiros.
É um dos países vizinhos do Brasil, mas também faz fronteira com outros países aqui da América do Sul, como o Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai. Está no extremo sul das Américas, onde existe uma cidade chamada Ushuaia que é conhecida como o extremo do mundo. O país está em segundo lugar quanto à área territorial no continente sul americano, perdendo apenas para o gigante Brasil.
Apesar deste fato, em número populacional está apenas em terceiro lugar americano, com pouco mais de 40 milhões de habitante registrados no seu último senso em 2010. A estimativa para 2019 é de que sua população seja de 44 milhões de pessoas, enquanto a Colômbia possui mais de 45 milhões de habitantes. Quanto ao Brasil a estimativa é que em 2019 esteja na casa dos 210 milhões de pessoas.
Colonização
A colonização espanhola teve início nos primeiros anos de 1500, seguindo até meados de 1800, quando após uma longa guerra civil pela independência o país se viu livre da dominação da Espanha. Então formou a Primeira Junta que era um governo independente e assim foi dividido nos moldes que são adotados até hoje, com 23 províncias e uma capital, a cidade de Buenos Aires, fundada no ano de 1536.
Economia
A economia argentina é uma das maiores economias da América Latina, seus índices de qualidade de vida são altos, principalmente quando são comparados aos índices dos seus vizinhos, além disso faz parte do G 20, grupo em que estão os principais países do mundo.
A indústria e agricultura são muito importantes no país, a agricultura é um setor da economia muito sólido e a indústria que já cresceu e se desenvolveu nos últimos anos, mostra potencial de um crescimento ainda maior.
Clima
O clima na argentina é bem variado visto que possui grande extensão vertical de terra. A variação de norte a sul é intensa, sendo no Norte um clima temperado ou subtropical, o qual possui verões quentes e úmidos e invernos com frios amenos, nessas regiões não há neve, a não ser em altitudes muito elevadas.
O sul do país conta com verões frescos e invernos muito rigorosos, sujeitos à grandes nevascas e podendo em alguns locais mais extremos, ser até mesmo considerado um clima subpolar.
Clima em Mendoza
O clima em Mendoza se assemelha aos climas do norte da Argentina com algumas peculiaridades, tal como as temperaturas no verão não serem tão altas quanto estamos acostumados no Brasil, a temperatura média é de 25º C, geralmente não passa muito deste limite.
O verão é também a estação onde concentram-se as chuvas, apesar dos valores de precipitação anual sejam baixos quando comparados com outras regiões do próprio país. Já o inverno é seco e muito frio, a geada na região é muito comum, ocorrendo constantemente. Em geral, se trata de um clima mais inclinado às temperaturas amenas e pouco chuvoso, bem característico de regiões temperadas, especificamente na região de Mendoza, muitas vezes considera-se o clima até mesmo um pouco parecido com desértico, apesar de frio.
Como a chuva não ocorre com abundância, a água encontrada na região é de origem principalmente dos Andes, tanto através de fontes de água ou por derretimento das geleiras.
Idioma Oficial
O idioma oficial argentino é o espanhol, também conhecido como castelhano. No entanto, há algumas variações regionais que contribuem para a diversidade linguística do país. Deve ser lembrado que a Argentina é um dos países de toda América que mais recebeu imigrantes europeus, quase igualando-se ao grande número de imigrantes que entraram nos Estados Unidos, em sua maioria esses imigrantes vinham da Espanha e da Itália.
Variações Linguísticas
Toda essa miscigenação influenciou tantos os aspectos culturais, quanto os aspectos linguísticos argentinos. Com o passar do tempo certas variações das línguas europeias foram sendo criadas, em uma mistura do idioma original com o idioma da Argentina colonial, formando certas especificidades faladas.
Umas dessas peculiaridades é o fato de que na Argentina o espanhol usa vos, ao invés do pronome tu, enquanto nos outros países de língua espanhola, o usual é o tu. Curiosidades como essa marcam as características da língua argentina.
Outro fato importante é que principalmente na região sul do país, se fala uma variação de linguagem que se aproxima do italiano, como por exemplo, o lunfardo que é uma espécie de dialeto da língua italiana.
Segundo pesquisas realizadas, o sotaque dos habitantes de Buenos Aires que são também conhecidos como porteños, é muito próximo do sotaque falado na região de Napoli, na Itália, muito mais próximo do que até mesmo do sotaque espanhol.
Outro forte idioma no país é o galês, principalmente na região da Patagônia, onde mais de 20 mil pessoas o usam como segunda língua, sabendo usá-lo fluentemente. Essa língua chegou a região juntamente com imigrantes que vieram do Reino Unido, mais em específico, do País de Gales.
Por fim, há também muitas línguas indígenas que ainda são mantidas no país, principalmente no Norte, próximo ás comunidades indígenas. A mais falada entre elas é a variação Guarani.
Idioma em Mendoza
A língua falada em Mendoza é bem próxima da língua falada na capital, Buenos Aires, um espanhol com variações regionais tanto na linguística das palavras, quanto do sotaque. No entanto é um espanhol muito bem falado e pronunciado de maneira culta, por isso muitos programas de intercâmbio promovem estadias na cidade, para que seus alunos adquiram uma maior fluência na língua espanhola.
Cordilheira dos Andes
Mendoza pelo seu lado Oeste está cercada pela imponente Cordilheira dos Andes, a segunda maior cadeia de montanhas do planeta, perdendo apenas para Himalaia. As altitudes das cordilheiras chegam a quase 7 mil metros.
Ao longo da cordilheira é possível encontrar vulcões, geleiras, fontes de água, lagoas, desertos, etc. É uma visão exuberante para qualquer pessoa que possa visitá-la. Vale lembrar que o pico mais alto da cordilheira, a montanha chamada Aconcágua está presente em Mendoza, o que atrai milhares de turistas anualmente à região.
A Capital
A cidade que segundo senso de 2010 tinha por volta de 115 mil habitantes, hoje nove anos depois deve estar próximo a 130 mil habitantes. Apesar de sua população não ser muito grande, quando se considera toda a área metropolitana esse número pode passar de 1 milhão de pessoas.
A cidade está na província de mesmo nome, Mendoza na região geográfica mais conhecida como Cuyo, que engloba as províncias de Mendonza, San Juan e San Luis.
Pontos Turísticos
A região é muito rica em beleza, em cultura, em espaços de lazer diversos e também atrai os turistas pelo estômago, pois com fama de ter uma ótima culinária, também está na rota mundial do vinho, sendo uma das capitais mundiais dessa bebida milenar.
Parque General San Martin
O renomeado Parque General San Martin existe a mais de 100 anos e fica na própria cidade de Mendoza. Ele é um dos parques mais bonitos da Argentina e abrange mais de 400 hectares de território com mais 80, como área de expansão para os próximos anos.
O parque foi construído como um item de planejamento urbano, principalmente para arejar e umidificar a área mais seca da cidade. É uma importantíssima área verde para o país.
Teve inspirações no estilo francês e inglês, possui lindos jardins temáticos típicos desses dois países. Além de detalhes arquitetônicos bem tradicionais das construções do século XIX.
É possível obter ainda em alguns lugares, uma arquitetura que se assemelha à do Palácio de Versailles, próximo à Paris. No entanto, esta não é a única referência francesa que se pode observar no parque, também tem a famosa fonte dos continentes inspirada no charmoso parque parisiense, Jardins de Luxemburgo.
Lá dentro ainda é possível se deliciar às margens do lago, praticar regata no clube que funciona ali dentro, visitar o jardim de roseiras que conta com 500 espécies de rosas, conhecer o jardim zoológico e para finalizar ainda há um teatro grego neste local que é o único de toda a extensão da Argentina.
Aconcágua
Aconcágua é o nome da segunda maior montanha do mundo, o ponto mais alto do Ocidente e de toda América. O pico faz parte da Cordilheira dos Andes e está na região da cidade de Mendoza, quase na divisa territorial com o Chile. Essa montanha faz parte do circuito dos sete cumes, esse circuito é assim conhecido pelos aventureiros ao redor do mundo por ser o circuito em que se escala as 7 maiores montanhas do planeta, tem que ter muito preparo e coragem, não é?!
O parque onde fica a montanha, chama-se Parque Provincial Aconcágua é um bate e volta imperdível para quem vai visitar essa região, está a menos de 200 km da capital da província, Mendoza. As estradas de acesso são muito boas, mas também é possível ir de ônibus.
Parque Provincial Aconcágua
Apesar de toda a exuberância da montanha que dá nome ao parque, ela não é a única atração que se pode aproveitar por lá. Existem outros pontos lindíssimos que serão listados a seguir, a escolha do seu roteiro vai depender do tipo de aventureiro que você é e da época do ano que pretende visitar a região.
Sendero Laguna
Primeiramente devemos esclarecer que Laguna é como se fala lagoa em espanhol, dito isso podemos lhe apresentar o local.
Para quem quer uma trilha de nível fácil, esta é a melhor opção, tem aproximadamente 3 km entre ida e volta e ao longo da trilha você vai passar por outros pontos de interesse, como a Laguna Espejo, o Mirador Aconcágua e a Laguna Horcones. Dê preferência para ir nas estações mais quentes do ano, principalmente no verão, pois no inverno o nível da neve pode ser muito alto e não é aconselhável fazer a trilha, além disso, as lagunas podem ficar congeladas e camufladas no meio da neve, o que torna perigoso para o turista que pode vir a cair em uma laguna. Na verdade, alguns locais do parque até ficam interditados nos meses mais frios.
Sendero Free
É uma trilha de nível fácil, você pode acessá-la logo que entra no parque pois é muito próxima da entrada. Possui menos de 1 km de caminhada.
Trekking Valle de Horcones
Como o nome já diz é um trekking e pode levar vários dias. Portanto o nível dessa aventura é difícil, requer preparação física e psicológica, além disso você deve ter seu próprio equipamento.
Nesse passeio você pode fazer várias trilhas, de Horcones a Confluencia e voltando no mesmo dia. De Horcones até Confluencia e depois passa pela Plaza Francia e volta por onde veio, mas não no mesmo dia, este percurso dura ao todo o período de 3 dias.
Se você estiver disposto a fazer o trekking mais longo e com maior nível de dificuldade, o passeio irá durar 7 dias e após chegar na Plaza Francia você deve continuar até a Plaza de Mulas, que está a mais de 4 mil metros de altitude. Realmente não é para amadores e você definitivamente não deve fazer no inverno, apenas nos meses de verão.
Trekking Valle de Vacas
Esse passeio dura geralmente 7 dias. Da mesma maneira do anterior, esse percurso tem sua versão fácil, intermediária e difícil. O percurso de 1 dia vai apenas de Vacas até Pampas Lenãs, chegando lá retorna-se no mesmo dia. O percurso médio dura 3 dias, sai de Vacas, passa por Pampas Leñas e termina em Casa de Piedra. O percurso de nível avançado, tem duração de 7 dias para mais ou para menos dependendo de quem o faz. Deve-se ter uma intensa preparação física para fazer este último nível. A diferença para os níveis anteriores é que acrescenta a Plaza Argentina ao trekking.
Cerro Bonete
É uma montanha que está a aproximadamente 5100 metros de altitude, muitos montanhistas sobem este pico para treinar uma posterior subida ao maior cume que é Aconcágua. Mas não se engane, pois, 5100 metros é uma altitude muito elevada que mesmo menor do que Aconcágua, ainda necessita muito treino e preparo físico.
Cume do Aconcágua
Antes de qualquer coisa, devemos informar que para subir ao cume, você deve ser profissional ou ter treinamento por meses antes de se aventurar. São muitos os fatores que podem interferir no resultado deste trekking, mas o principal é o seu preparo físico para as condições que irá enfrentar.
Quem vai encarar esse cume geralmente passa por um período de adaptação à montanha e pode fazer as trilhas menores para ir se acostumando com as condições locais e o clima, claro que o nível não será o mesmo, mas é uma espécie de aquecimento.
Não existe um período de tempo definido para se subir ao cume, isto vai depender de cada organismo e preparação, o fato é que você tem de subir aos poucos, portanto muitas pessoas demoram de 20 a 30 dias em todo o processo.
Ao longo do caminho há alguns acampamentos base, para que os aventureiros possam descansar, dormir, fazer suas refeições. Os acampamentos por ordem de altitude são esses:
- Campo Plaza Canadá que está a 4910 metros de altitude;
- Nido de Cóndores que está a 5250 metros de altitude;
- Berlim a 5900 metros de altitude.
Atualmente há na província de Mendoza muitas empresas de turismo e ecoturismo que oferecem assistência e preparação para as pessoas que desejam encarar esse desafio. É muito recomendado que você tenha acompanhamento e ajuda, pois são muitos os perigos a serem enfrentados e se você não estiver preparado pode até mesmo vir a falecer no trajeto.
Esportes Para Inverno No Parque
No parque não há locais para patinação na neve ou estações de esqui, mas é possível visita-lo nessa época e até escorregar de bunda pelo chão.
Mal de Altitude
O que é o mal de altitude que os atletas, esportistas e montanhistas tanto falam? O mal de altitude é o fato das pessoas que não estão acostumadas a estar em altitudes muito acima do mar, quando estão nesses locais elas sentem um mal-estar físico, que geralmente se tratam de cólicas, tonturas, dores de cabeça, dores de estômago e enjoo, dificuldade para respirar, taqui cárdia, pressão na cabeça, cansaço excessivo e câimbra.
Isso acontece por causa da mudança do padrão atmosférico, nessas altitudes o ar é mais rarefeito, ou seja, há menos quantidade de oxigênio disponível e o nosso corpo precisa de um certo tempo para se adaptar à essas condições extremas, por isso, quando se sobe em uma montanha muito elevada deve ser feita uma boa preparação, principalmente respiratória, além disso a subida deve ser devagar e com muita calma para seu corpo se adaptar a cada metro caminhado.
Muitos jogadores de futebol por exemplo, quando vão jogar em cidades de nível elevado, precisam fazer a viagem com uns dias de antecedência, para que possam ter treinos preparatórios no próprio local, assim seu corpo se acostuma e não passam mal no dia real do jogo.
São consideradas altitudes extremas, as altitudes acima de 5400 metros, mas também é muito preocupante as altitudes a partir de 3600 metros, neste ponto já é necessária preparação física. Apesar desses dados, algumas pessoas começam a sentir-se mal a partir dos 2500 metros.
Estação de Esqui Penitentes
Na província de Mendonza, também existe uma estação de esqui que se chama Penitentes, está a pouco menos de 200 km da cidade de Mendonza. Esta estação fez 40 anos agora em 2019 e é muito bem recomendada pelos argentinos, são mais de 25 pistas e declives distribuídos em uma área territorial de mais de 300 hectares, que engloba todos os níveis iniciantes, intermediários e avançados. Nos arredores há diversas opções de acomodação e alimentação para você escolher.
Ecoturismo
O ecoturismo na região da província de Mendoza é muito forte, há inúmeras paisagens deslumbrantes e atrativos naturais que você pode aproveitar pela região. Os atrativos são para todos os gostos, desde os locais cobertos com a neve o ano todo, até mesmo as piscinas termais quentinhas.
A História Do Vinho
A história recente do vinho argentino está intimamente ligada à história do vinho nesta região. Inicialmente é preciso dizer que as uvas e a cultura do vinho chegaram ao país por causa da colonização espanhola. A Espanha sempre foi um dos grandes produtores mundiais do vinho, assim como um dos maiores consumidores, portanto era comum que levasse para suas colônias esse costume, até mesmo para que pudessem produzir por eles.
O vinho argentino por muito tempo foi muito mais para consumo do que para exportação. Como os espanhóis deixaram o habito de bebê-lo em grande quantidade, também era preciso produzi-lo em quantidades ainda maiores e por muito tempo a quantidade foi mais importante do que a qualidade em si.
Durante as imigrações europeias para o país, os imigrantes de outras nacionalidades como os franceses, portugueses, italianos, trouxeram outras variedades de uva e também reforçaram a cultura de plantar videiras, que também era forte em seus países de origem.
A Argentina desde a década de 90 é um dos maiores exportadores de vinho no mundo fora da Europa e o maior absoluto da América do Sul, hoje está em quinto lugar no ranking mundial perdendo apenas para França, Espanha, Itália e Estados Unidos.
De alguns anos para cá as exportações cresceram ainda mais e alguns fatores foram fundamentais para esse crescimento. Entre eles estão os investimentos na área do vinho, investimento no enoturismo além da exportação e venda, a desvalorização da moeda argentina, o que barateou os custos de plantio e produção, desta forma tornou o produto mais competitivo no mercado.
A Região De Mendoza
A região de Mendoza sozinha é responsável por mais de 70% da produção do vinho na Argentina e conta com cerca de 140 hectares plantados, isso acontece em grande parte por causa das condições naturais da região. O clima é seco e quente, possui grande insolação durante o período diurno praticamente o ano todo, a maioria dos terrenos são elevados e na região inclusive está um dos mais altos picos do mundo, como já citado.
Além da grande altitude, há também o fator umidade, em muitos locais a baixa umidade possibilita o crescimento saudável das videiras. Esses fatores colaboram para o aumento de açúcar natural nas uvas. A grande queda de temperatura no período noturno, faz com que os vinhos sejam menos adstringentes, por causa dos taninos.
Reunindo essas duas características regionais, altitude elevada e umidade baixa, a possibilidade de infestação por pragas em geral, como insetos, fungos, outros animais é muito menor, como também é menor a possibilidade de a árvore adoecer por doenças especificas, portanto, as plantações têm uma possibilidade de sucesso muito maior, gerando grandes e saudáveis colheitas.
Outro ponto é o solo regional, que possui a vantagem de ser arenoso, o que proporciona maior facilidade para a drenagem da água, assim as videiras podem buscar nutrientes e a hidratação que precisam para crescer saudável.
Outro ponto interessante causado por essas características é que o uso de inseticidas, pesticidas e agrotóxicos é muito menor, não é tão necessário e por isso há muito mais facilidade aqui de se produzir vinhos orgânicos.
A plantação na região ao que tudo indica foram iniciadas com os primeiros padres católicos que chegaram e hoje conta com muitos hectares e um dos maiores mercados do vinho. Os principais cultivos são das qualidades Malbec, Cabernet Sauvignon e Chardonnay.
Malbec
A qualidade Malbec é originária da França, mas desde que começou a ser cultivada na Argentina produz vinhos muito melhores em solo argentino do que em solo francês, isso por causa da apartação das videiras ao clima e ao solo.
Em geral, os vinhos dessa qualidade são conhecidos por serem notas de frutas maduras, principalmente no olfato e acidez moderada. O Malbec é definitivamente o símbolo do vinho argentino perante o mundo.
Cabernet Sauvignon
Possui cerca de 15% do mercado argentino na atualidade e assim como a Malbec é originária da França, mais especificamente da região de Bordeaux, cidade vinícola francesa e uma das cidades mais importantes no mundo na rota do vinho.
Algumas características dos vinhos podem ser levemente alteradas devido à região onde é cultivada e às técnicas de cultivo e produção. Por exemplo, segundo as técnicas mais tradicionais de produção desse vinho, o resultado final é um produto com aromas fortes de frutas escuras, muitas notas vegetais, mas quando produzido em climas mais quentes, próximos aos tropicais se sente notas que se aproximam da azeitona e do tabaco. Geralmente são combinados à carne vermelha.
Chardonnay
Chardonnay é o nome dado à videira que surgiu com o cruzamento das espécies Gouais e Pinot Blanc, essa espécie é muito versátil pois produz diversos tipos de vinho, sendo mais conhecido os vinhos brancos e espumantes.
Quando em climas frios produz vinhos finais com notas de frutas cítricas, como limão, tangerina, laranja e maracujá, quando em climas quente, frutas tropicais como banana, manga, abacaxi e pêssego. As principais regiões produtoras são Borgonha na França, Champagne também na França, Califórnia e Austrália. Na América do sul, o Chile, Brasil e Argentina tem destaque se aventurando com esta uva, no Brasil é cultivada no Rio Grande do Sul.
Lembre-se que a qualidade Chardonnay é muito variável de acordo com as características do local onde está plantada, portanto saiba, que se um vinho dessa mesma espécie é produzido na França, pode ter algumas especificidades completamente diferentes dos produzidos na nossa querida Argentina, isso é importante para a hora da compra.
Enoturismo
Há dezenas de vinícolas de todos os tipos, que oferecem as mais variadas qualidades de vinhos para você, também há a opção de você se hospedar em um desses lugares e viver a experiência completa, a região é chamada de o caminho do vinho.
A região de Mendoza é tão forte no enoturismo, pois conta com restaurantes de alta qualidade, para todos os gostos e isso inclusive estimulou a produção de vinhos com melhor qualidade e que trazem uma experiência culinária mais elaborada.
Vinícolas
Na província de Mendoza há muitas vinícolas, também chamadas de bodegas, existem cerca de 1200 delas. As visitas geralmente devem ser agendadas, alguns locais possuem tanta procura que passam um certo período lotados e com lista de espera. Muitas das visitas são pagas, algumas são grátis para pessoas que almoçam no local ou adquirem uma quantidade mínima de produtos. Algumas poucos vinícolas oferecem passeio totalmente grátis.
Há quem diga que uma das melhores regiões para visitação é a Lujan de Cuyo, mas há muitos bons exemplares também no Valle do Uco e Maipú. Dentre as melhores, as que contam com visitação completamente grátis são a Bodega Carmelo Patti, uma bodega familiar que fica em Lujan de Cuyo e a Bodega López, tanto o passeio guiado quanto a degustação são gratuitos nesta, que é uma das maiores bodegas em infraestrutura de toda a argentina.
A Bodega Dominio del Plata, fica em Lujan del Cuyo e é uma bodega muito interessante pois é totalmente projetada e administrada por uma única mulher, uma enóloga. Produz vinhos que são conhecidos como vinhos do autor, os quais o dono da vinícola influencia muito as características do seu vinho, assim ele leva sua personalidade ao produto. As visitas e degustações custam em torno de 130 a 300 pesos argentinos.
Puente del Inca
Este local possui características físicas únicas, com montanhas que mais parecem que foram pintadas à mão. Ainda por cima essa paisagem é combinada com ruínas da civilização inca, o que chama ainda mais a atenção aos seus atrativos naturais. Possui uma formação rochosa de grande exuberância e colorações inusitadas, que possui tons laranja, amarelo e ocre.
Fica na região noroeste da província de Mendoza e trata-se de uma ponte inusitada em um local que há uma fenda, onde já passou um rio. Há uma lenda de que a ponte é formada por várias pessoas que se juntaram para que o príncipe do império inca, na época enfermo, pudesse passar e buscar sua cura. Quando o rei foi agradecer aos homens eles já estavam petrificados, formando assim a ponte que conhecemos hoje.
A ponte está próxima a entrada principal do parque Aconcágua e a 2700 metros de altitude. Conta com 48 metros de comprimento e está suspensa à 27 metros do rio. É um povoado que não possui nem mil habitantes, muito charmoso e receptivo.
San Rafael
Nesta cidade da província de Mendoza um dos principais atrativos turísticos é o dique formado pelo rio Atuel, que está localizado entre deslumbrantes formações rochosas e seus cânions, eles estão listados entre uma das mais belas paisagens da Argentina.
O Los Reyounos Dam é uma represa que possui muita beleza, está entre uma cadeia de montanhas e é um local muito tranquilo, assim proporciona calmos e belíssimos momentos de lazer.
Las Leñas
Las Lenãs é uma cidade argentina muito famosa pelas pistas onde se pratica tanto o esqui quanto o snowboard. O seu centro de esqui está no interior das montanhas da Cordilheira dos Andes. Funciona em geral do começo de junho até o final do mês de setembro. Possui um nível máximo de altitude de 3430 metros e nível mínimo de altitude de 2240 metros.
As pistas e circuitos são divididos em verdes, azuis e vermelhas. Nas quais as verdes são de nível iniciantes, azuis são de nível médio e as vermelhas de nível avançado. Ainda existem as pretas que somente os atletas e especialistas podem acessar devido ao alto grau de dificuldade.
Possui uma grande estrutura turística com alojamento, hotéis, restaurantes, cafés, centros médicos e até um museu.
Hospedagem
Há inúmeras opções de hospedagem na província de Mendoza desde as mais rústicas para os mais aventureiros, até para quem procura o máximo do conforto e lazer. Para os mais corajosos há opções de acampar principalmente quando se está fazendo os famosos trekkings.
Para os que desejam conforto há muitas opções de vinhedos com acomodação, muitos oferecem pacote de luxo, com tudo incluso e imersão no cotidiano da vinícola. Como há muitos centros urbanos, para quem possui um perfil intermediário entre os dois anteriores, pode escolher hotéis de preço acessível nas cidades e regiões mais urbanizadas, além disso próximos às boas opções de alimentação e transporte.
Estrutura Urbana
As cidades da região oferecem uma ótima estrutura aos turistas, que conta com hospitais, centros de atendimento ao turista, muitas rodovias, muitas opções de transporte público, muitas lojas e variedades relacionadas à alimentação.
Uma das principais estradas da província é a rota 7, que sai de Buenos Aires e passa por diversas províncias, entre elas Santa Fé, Córdoba, San Luís e também Mendoza. Passa por diversos pontos turísticos em seu caminho, vale a pena segui-la.
Qual a Melhor Época Para Ir À Mendoza?
A época que você visita Mendoza vai depender do tipo de programa que pretende fazer, tem passeio para todos os meses do ano e para todos os gostos, a seguir estão algumas indicações.
Verão
O verão é a temporada de trilhas e trekking, pois as montanhas possuem menos neve e o tempo é mais firme, sendo menos perigoso aos montanhistas, muitas atrações da região inclusive permanecem fechadas fora dos meses de verão, isso devido ao perigo quando acessadas nessas ocasiões.
Os vinhedos podem ser visitados no verão, que oferece dias mais quentes e maior facilidade de locomoção, é até mesmo mais fácil realizar os famosos passeios de bicicleta nessas condições. A vantagem é que no verão os pés estão carregados de uva, é possível até provar direto da planta.
Inverno
O inverno é perfeito para quem procura as patinações nas grandes pistas de esqui e outros esportes de neve, além disso é ótimo para relaxar e curtir o clima bem frio que pode fazer, principalmente nos lugares mais próximos aos andes e com altitudes maiores.
As vinícolas também podem ser visitadas nesta época, no entanto se prepare para o frio e para muita neve. Mas é uma boa oportunidade para se tomar um bom vinho à beira da lareira observando a paisagem lá fora.
Festa da Vindima
É aconselhável evitar o fim de semana em que ocorre esta festividade pois as cidades ficam muito lotadas e tudo está mais caro. Acontece todo ano no primeiro sábado de março
Valores
Há passeios para todos os bolsos, mas a maioria esmagadora de opções requer que você gaste uma quantidade de dinheiro. Principalmente para subir aos grandes picos e praticar os esportes de neve, tem os clubes de esqui podem ser bem caros, mas há também opções menos luxuosas nesses locais.
Existem passeios em vinhedos que são gratuitos o que é uma ótima opção para quem procura economizar, além disso os parques ou são grátis ou possuem uma taxa pequena para visitação. As acomodações nos centros urbanos são mais em conta.
Vale lembrar também que o peso argentino vale menos do que o real brasileiro, portanto, algumas atrações são mais baratas do que parecem. O ideal é fazer as contas antes de sair de casa para não ter imprevistos e lá aproveite o máximo possível do seu passeio.
Como Chegar
Você pode chegar de avião por Buenos Aires, de lá pode-se pegar ônibus ou alugar carro para ir aos seus lugares de preferência. Mas há também voos diretos do Brasil à Mendoza feito por 2 diferentes companhias aéreas, a Latam e a Gol.
Uma curiosidade importante é que Mendoza é mais próxima à capital do chile, Santiago, do que da capital argentina, Buenos aires, portanto, é uma opção pegar um avião até a cidade chilena.
O aeroporto de Mendoza fica a cerca de 20 minutos da cidade, você pode pegar ônibus, taxis ou outros meios transportes para chegar até o lugar desejado.