Milhões de pessoas circulam diariamente pela maior avenida do Brasil, a Paulista. Símbolo da modernidade de São Paulo, é representado pelos trabalhadores, moradores da região e turistas que agitam o maior pólo econômico do país com comércios, residências, bancos e cultura em geral.
O coração do país foi inaugurado no dia 8 de dezembro de 1891, por iniciativa do engenheiro uruguaio, Joaquim Eugênio de Lima, que contrariou os seus amigos, os quais queriam o seu nome na avenida, declarando aos brasileiros: “Será Paulista, em homenagem aos paulistas”. Mas naquela época, eram casas e palacetes da da burguesia industrial, que ilustravam os 28 metros de largura da avenida.
Com o presidente Juscelino Kubitschek no governo – o qual ocupou o poder entre 1956 e 1961 -, o processo de industrialização do Brasil começou a dar as suas caras, com a implantação do modelo desenvolvimentista que era associado ao capital estrangeiro.
A necessidade de expandir a economia do país levou os casarões da avenida a serem substituídos por comércios e prédios de escritórios e os senhores do café deram lugar aos engravatados nas calçadas de uma cidade que estava se tornando um centro comercial com empresas nacionais e multinacionais, teatros, escolas e instituições como a Fiesp.
A Avenida
A avenida Paulista foi a primeira via pública asfaltada de São Paulo, e em julho de 2007, começaram as obras do projeto Nova Paulista, iniciativa do prefeito Gilberto Kassab, com o objetivo de uma revitalização urbanística e total acessibilidade aos pedestres. Com um investimento de R$ 8,123 milhões, 50 mil metros de calçadas de asfalto foram refeitas com concreto, material que foi escolhido por motivos de durabilidade e facilidade de manutenção.
No entanto, a reforma da Paulista resultou em uma invasão de skatistas e patinadores, que estão tomando conta das calçadas com as suas manobras. Com o piso plano, a avenida se tornou uma pista de skate a céu aberto em um dos maiores pontos turísticos da cidade de São Paulo. Durante a noite, é possível ver vários praticantes desses esportes se arriscando em diversos obstáculos, como escadas e canteiros.
Paulista Cultural
A avenida reúne uma diversidade cultural infinita, como o Masp – um dos museus mais importantes da América Latina – o Itaú Cultural, a Casa das Rosas – projetada em 1935 por Ramos de Azevedo e um dos poucos casarões que restaram – e o Conjunto Nacional, que abriga a Livraria Cultura.
No entanto, o maior centro financeiro do país, também é alvo de comércios ilegais, em cada esquina é possível encontrar barraquinhas de DVD´s piratas e diversos camelôs que ocupam as ruas.
Em 2007, o Stand Center – centro de compras de produtos coreanos e chineses contrabandeados – foi fechado próximo a época do Natal, a pedido do prefeito Gilberto Kassab, que alegou falta de segurança para os consumidores que frequentavam o estabelecimento. Mesmo com o fechamento, várias lojas que operavam no Stand se mudaram para outras galerias da mesma região.
Paixão
Mas, entre desvantagens e vantagens da maior avenida do país, esse pedaço da cidade de São Paulo continua despertando ódios e paixões no coração de um milhão de pessoas que circulam diariamente na avenida Paulista, sejam eles brasileiros ou até mesmo estrangeiros de qualquer parte do mundo.
Layal Antanios