Parque Nacional Serra do Itajaí

O Nordeste do estado de Santa Catarina possui um grande parque biológico. O chamado Parque Nacional da Serra do Itajaí pertence ao bioma da Mata Atlântica e se encontra entre os seguintes municípios do estado: Blumenau, Presidente Nerew, Vidal Ramos, Gaspar, Guabiruba, além de Apiúna, Ascurra e Botuverá.

Esse parque foi criado no ano de 2004, com a finalidade de preservação ambiental. Ele conta com aproximadamente cinquenta e sete mil hectares correspondentes à floresta de Mata Atlântica, o que confere a maior área desse bioma que se encontra em estágio de regeneração, a partir da preservação com a criação do Parque em questão.

Para conseguir visitar o parque deve-se conseguir uma autorização, mas não é cobrado nada por isso. O período de visitas é relativamente curto, sendo geralmente das oito horas da manhã até no máximo quatro e meia da tarde, seis vezes por semana. O parque fica fechado durante as segundas feiras devido ao recesso de funcionários. Para chegar ao local, pode ser através da estrada que vem de Curitiba ou de Florianópolis, mas via aérea, o aeroporto que se localiza mais perto ao parque é o de Navegantes, que fica a cerca de trinta e cinco quilômetros do Parque Nacional. Não é permitido a acomodação de visitantes e não há alojamentos ou pousadas no local, sendo que a hospedagem é facilitada devido aos diversos municípios próximos ao parque, como citado anteriormente.

As visitas geralmente são realizadas por pessoas amantes da natureza e que gostam de apreciar a regeneração dela, uma vez que é esse o propósito do parque. Muitos pesquisadores também vão ao local de modo a observar e a verificar determinadas espécies de plantas e animais presentes no local. São interessantes também as possibilidades de passeios educativos e de análise do meio ambiente, ressaltando a importância de sua preservação. Sem dúvidas, o Parque Nacional da Serra do Itajaí é um ícone de ecoturismo ecológico, que promove o contato e o conhecimento da natureza.

A região em que o Parque se encontra é conhecida como o “Vale Europeu”, devido às raízes alemãs e italianas que ali existem, com a realização de muitas festas e outras exposições da cultura de base. Mas ainda mesmo antes das colônias europeias se instalarem nessa região, eram os ameríndios que viviam ali, mas a real degradação ambiental se iniciou mesmo com a entrada dos europeus na região. Os ameríndios que viviam anteriormente ali pertenciam às seguintes etnias: tupi-guarani, carijó, xokleng e kaingang. Com a chegada dos europeus, esses grupos foram se dispersando cada vez mais.

O Parque Nacional da Serra do Itajaí possui importantes fontes da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí (responsável por abastecer cerca de quinhentas mil pessoas), que são os cursos Ribeirão Encano e o Warnow, o que torna essa região ainda mais importante no que diz respeito à biodiversidade. O bioma da Mata Atlântica representado pelo parque é de 0,55% do que sobrou em todo o país. E esse é uma das três partes de Mata Atlântica que atualmente existe em Santa Catarina. Nesse parque a biodiversidade é tamanha que são trezentas e cinquenta e sete espécies de árvores registradas, além de duzentas e vinte espécies de aves, cinquenta e seis de mamíferos e trinta e nove de anfíbios. Podem ser vistos o gavião-pomba, o gato-maracujá, a onça-parda, a maria-da-restinga e o papo-branco, que são espécies de animais ameaçadas de extinção, mas que estão sendo protegidas dentro do parque.

As atividades que podem ser realizadas no parque vão desde a observação de espécies até mesmo tarefas de aventura, como rafting, rapel, cicloturismo, cavalgadas, trekking e também a visitação de cavernas. Duas trilhas chamam a atenção dos amantes de descobrir e conhecer a natureza. Essas trilhas estão relacionadas com a área mais visitada do parque, que é a de Nascentes. A trilha da Chuva, como é conhecida, tem cerca de dois quilômetros e setecentos metros e apresenta alguns trechos não lineares, percorrendo o Rio Garcia Pequeno. Há a canela-preta no caminho dessa trilha, que é uma árvore que simboliza a região do Itajaí. Já a trilha do morro do sapo é maior, pois apresenta aproximadamente quatro quilômetros e, apesar de ser considerado como alta dificuldade de trajeto, em seu caminho há dois mirantes cujas vistas fazem valer a pena toda a dificuldade, uma vez que ficam a uma altitude de cerca de 800 metros.

Nessa região o clima é do tipo subtropical úmido e as temperaturas vão variar de acordo com a região e com a época do ano. O relevo apresenta extremas ondulações e a floresta que o compõe é basicamente primária e foi bastante danificada pela ação do ser humano, com a exploração de recursos naturais e desmatamento tanto para reflorestamento como para a alocação de pastagens.

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Categoria(s) do artigo:
Parques Nacionais

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