Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque fica localizado no Estado do Amapá, compreendendo parte da floresta amazônica, com uma área territorial bastante extensa, 3.882.120 hectares que passam por cinco municípios. Com o objetivo de preservar a integridade da mata local o parque é administrado pelo IBAMA e suas paisagens acabam se tornando um belo atrativo turístico para a região. Veja agora as fotos do Parque Nacional das Montanhas do Tumucumaque:
Localizado entre o estado do Amapá e o estado do Pará, o acesso para esse parque é muito longe. O percurso principal para entrar no parque é através do rio Jari, que era controlado pelos índios até a década de 60.
Serra do Navio é o município mais perto da unidade de conservação, ficando a 65 km de distância do parque. Infelizmente o local ainda não conta com uma infraestrutura para abrigar o turismo. As cidades que podem ser usadas para hospedagem são: Serra do navio, Pedra Branca, laranjal do Jari, Calçoene e Oiapoque.
Preservar este ecossistema natural é o principal objetivo deste local, que é uma área de grande importância ecológica, e que possui de uma paisagem bonita, que possibilita realizar pesquisas científicas e o turismo ecológico.
A unidade de conservação tem como finalidade garantir a preservação da natureza e da variedade de seres vivos no ambiente, e a possibilidade de realizar pesquisas científicas também.
História do Parque
Floresta tropical com maior área protegida do mundo, as montanhas do Tumucumaque são, na realidade, um Parque Nacional existente no Brasil. Encontra-se localizado em uma parte pouco conhecida da floresta amazônica, em uma região cujo nome é Escudo das Guianas, no Amapá.
A maioria dos brasileiros não tem conhecimento desta área, mas foi nela que aconteceu a disputa entre espanhóis e portugueses, e também onde foi assinado o Tratado de Tordesilhas.
Esta área já esteve na mira de países europeus que tinham a pretensão de tomar posse das terras amazônicas, houve até mesmo uma disputa entre Brasil e a França para ganharem o poder sobre as terras, que vão do Amazonas até o Oiapoque. Este confronto teve fim no ano de 1900, por meio de um Tratado de Arbitragem, que foi decidido no país suíço. Nesse tratado foram definidos os limites da fronteira, estabelecidos pelo plano internacional, reiterando assim o Tratado de Utrecht.
Tempos antes dos europeus chegarem à região, os estados do Pará e do Amapá foram alvo de um grande fluxo de migração de diversas tribos indígenas. Eles foram os primeiros humanos a ocuparem a região, onde atualmente é o Amapá, até o foz do Rio Orenoco, no país da Venezuela. Conforme registros datados de aproximadamente 12.000 anos.
A área do parque e em volta dele, do lado do Brasil, serviu de abrigo para os povos Wajãpi e os Wayana. Os Kaxuyana, Wayana, Aparai, Tiryó, que habitam o parque Tumucumaque, pronunciam línguas caribe. No entanto os Wajãpi, índios que vivem no território indígena Wajãpi, e da margem do Oiapoque, falam a língua tupi-guarani.
Atrações
Se o visitante preferir, ele pode sobrevoar a área do parque. Visto de cima, ele é um imenso tapete na cor verde, derivado das copas das árvores. Também é possível ver as formas do curso das águas dos rios Oiapoque, Jari, Araguari e Amapari. O Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque possui também uma fauna riquíssima, apesar disso não é muito estudada.
As espécies como: o maparajuba, o jarana, maçaranduba, cupiúba, acapu, faveiras, acariquara, louros, matamat ́s, mandioqueiras, tauari, abioranas e tachi, são as que se destacam mais.
O parque fica numa região úmida e quente, onde a floresta tropical é densa e predominante. Tem algumas partes constituídas pelas montanhas rochosas, mas a predominância é de relevo plano. Além do rio Jari, há mais 3 rios na localidade. Sendo que o Oiapoque, o Amapari e o Jari três são os mais importantes e maiores desta região.
Entre os meses de agosto e o mês de novembro, que é a época da seca, a temperatura chega aos 25 ̊C. No parque, vivem inúmeras espécies da fauna e flora que ainda não foram descobertas. Tem-se o conhecimento de que há espécies como: O cuxui, a onça, araras, sussuarana, jacus, marianinhas, o beija-flor-brilho-de-fogo e outros pássaros, tal como o pássaro-boi, o anambé-militar e o gainambé.
O garimpo, a pesca, a caça ilegal, juntamente com a extração clandestina da madeira e outros produtos, além das ocupações desordenadas no leito do rio Oiapoque são algumas das principais fontes de ameaças ao parque.