Atol das Rocas

Atol é uma formação geográfica formada por corais em forma de ilha, sendo assim, no meio do mar. A base de um atol geralmente é formada por bancos de areia, mas também pode ser formado pelas chamadas formações vulcânicas. É um tipo de lugar com riquíssimas fauna e flora, uma vez que se trata de um bioma de alto nível. É por isso que nos atóis podem ser encontradas diversas espécies tanto de animais, como de outros tipos de vegetação, além dos corais.

O Oceano Pacífico e o Oceano Índico são os oceanos que mais apresentam atóis em todo o mundo. No entanto, há um único atol no Oceano Atlântico, que é o chamado Atol das Rocas e que é o menor de todos os atóis também. No Atol das Rocas há, além dos corais, uma grande quantidade de algas calcárias.

Esse Atol se encontra nas ilhas que pertencem ao estado brasileiro do Rio Grande do Norte, que se distanciam ao nordeste da capital Natal em cerca de 260 km e a cerca de 150 km no sentido Oeste do famoso Arquipélago de Fernando de Noronha, pertencente ao estado do Pernambuco.  Além disso, o Atol das Ocas é formado por suas ilhas principais, que também podem ser chamadas de ilhas formadoras, que são a Ilha do Cemitério e Ilha do farol.

Desde os primórdios do descobrimento do Brasil há referências através de cartas dos navegantes sobre o que seria hoje o Atol das Rocas. Sendo assim, a humanidade tem registros de conhecimento dessa formação ecológica desde o século XVI. No entanto, foi apenas no ano de 1852 que o Atol das Rocas foi mapeado de maneira detalhada por Phillip Lee, que na época era o Capitão-Tenente, que foi quem deu o nome de Baixo das Rocas ao local.

O que dificultava o acesso nesse local era a profundidade das águas que, pelo fato de não ser muito funda, fazia com que a navegação ocorresse de maneira um tanto quanto perigosa. Sendo assim, foi construído um farol, que foi o que denominou uma das duas ilhas formadoras do Atol, que é a Ilha do Farol, que ocorreu no ano de 1881.

Já no ano de 1979, esse local foi nomeado pela Marinha do Brasil como uma unidade de conservação, sendo a primeira a receber esse título, devido ao fato de ser uma importante formação ecológica de nosso país. Sendo assim, a partir desse ano o Atol das Rocas se tornou a Primeira Reserva Biológica do Brasil após a assinatura do decreto-lei N.º 83.549. Quem gerencia o Atol das Rocas é o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, mas é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) quem controla a saída e a entrada de pessoas no Atol. E é por isso que não é possível a entrada de seres humanos nesse atol, exceto no caso de realização de pesquisas científicas.

Sendo assim, esse lugar é um prato cheio para a realização de pesquisas científicas e no que diz respeito a isso, as principais pesquisas realizadas e observadas no Atol das Rocas são sobre as tartarugas, sendo que o aspecto das águas do atol facilita a captura dos indivíduos tanto para a realização de estudos quanto para a adição da espécie nos catálogos.


É nessa região em que é formado uma das maiores colônias de aves marinhas de todo o mundo, abrigando em torno de 150 mil espécies de aves, principalmente na porção do atol que se encontra mais próximo ao Arquipélago de Fernando de Noronha. Esse atol também é importante porque ele constitui, no âmbito mundial, o segundo principal local de reprodução da Tartaruga Verde, sendo que o primeiro local se situa no estado do Espírito Santo, na Ilha de Trindade. Outra espécie de tartaruga que aproveita esse local para abrigo e também para a busca de alimentos é a tartaruga-de-pente. Animais marinhos também apresentam grande diversidade na região do Atol das Rocas. Dentre eles há muitas esponjas, crustáceos e moluscos, além as tartarugas.

É um local com riquíssima biodiversidade, devendo ser mantido preservado e tendo o mínimo possível de interferência humana, de modo a proteger as centenas de espécies de animais e vegetais que há nesse local.

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Praias

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